A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) chegou a uma conclusão sobre o trágico acidente que resultou na morte da cantora Marília Mendonça, em 2021. Segundo a investigação, tanto o piloto quanto o copiloto, que também faleceram na queda da aeronave, poderiam ter evitado a tragédia.
O inquérito realizado pela PCMG revelou os resultados nesta quarta-feira (04), encerrando as especulações em torno do acidente aéreo. O piloto Geraldo Medeiros e o copiloto Tarciso Viana foram considerados negligentes.
O delegado regional de Caratinga, Ivan Lopes Sales, responsável pelo caso, explicou que a torre de transmissão contra a qual o avião colidiu antes de cair não precisava ser sinalizada por lei. No entanto, era dever da tripulação da aeronave realizar uma análise prévia. Além disso, foi constatado que o avião possuía um sistema de alerta para evitar colisões com a torre, mas pode ter sido desligado.
Diante dessas circunstâncias, que tornavam possível identificar as linhas de transmissão, os procedimentos operacionais da aeronave não foram seguidos. O manual de treinamento operacional do avião estipula qual velocidade deve ser mantida na perna do vento. Ficou evidente que os pilotos ultrapassaram essa velocidade, desrespeitando as instruções do manual. Ao ultrapassarem essa velocidade, eles saíram da zona de proteção do aeródromo, sendo responsabilidade dos pilotos observarem qualquer obstáculo, como antenas ou morros.
Apesar de atribuir a responsabilidade aos profissionais, o delegado esclareceu: “O resultado dessa investigação é apresentado com o mais absoluto respeito a todos os familiares das vítimas. Sabemos que foi um acidente, mas é missão da Polícia Civil investigar crimes.” O piloto e o copiloto responderiam por três homicídios culposos (sem intenção de matar), porém o inquérito será arquivado, pois todos os tripulantes faleceram no acidente.
## Condenado por vazar fotos dos corpos de Marília Mendonça e Gabriel Diniz, autor recebe pena de oito anos de reclusão
André Felipe de Souza Alves Pereira, responsável por divulgar imagens dos corpos da cantora Marília Mendonça (1995-2021) e do cantor Gabriel Diniz (1990-2019), foi condenado a oito anos de reclusão pela Justiça do Distrito Federal. Além disso, ele foi citado em outros crimes, como divulgação de mensagens nazistas, xenofobia, racismo, uso de documento falso, incitação ao crime e atentado contra serviço de utilidade pública.
A sentença foi publicada na última quarta-feira (27) e divulgada pelo jornal O Globo. O juiz Max Abrahao Alves de Souza, da 2ª Vara Criminal de Santa Maria, foi responsável pela condenação e afirmou que o réu tinha como objetivo “humilhar e ultrajar” os artistas.